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Debates Sociais | Há de se saber o que se está governando

Por: Axe Schettini
22/10/2018 11:33

Neste domingo (28) iremos escolher quem será o presidente do Brasil e o próximo governador do Estado. Em nível nacional, temos dois nomes com experiência: Bolsonaro tem sete mandatos de deputado federal e, embora não tenha trajetória no Executivo, conhece como funciona o bagunçado sistema governamental brasileiro; Haddad foi ministro da Educação do Governo Lula e administrou São Paulo, maior cidade do Hemisfério Sul. Apesar de a eleição ser marcada por ataques, a maior dor do cidadão é a falta de debate entre ambos para sim, após as diferenças, decidir quem tem as melhores propostas e projetos para o Brasil.

Mas este pleito tem algo diferente das outras eleições, pois é marcado pela rejeição do Partido dos Trabalhadores e esse é o único argumento da campanha de Bolsonaro. Se Haddad fosse de qualquer outro partido, esse embate não seria necessário. Por isso, membros do PT defendiam que Ciro Gomes (PDT) deveria ser o candidato que aglutinasse toda a esquerda, deixando a sigla de Lula distante, depois de 30 anos, da disputa presidencial.

Em Santa Catarina, há dois nomes que apresentam um grande disparate: Gelson Merisio, embora não seja o novo político, está disputando pela primeira vez o Governo do Estado e presidiu a Assembleia Legislativa por três oportunidades. Da mesma forma que Bolsonaro, não tem experiência no Executivo, mas sabe como funciona a governabilidade estadual. O outro candidato é Carlos Moisés, que há três meses não tinha perspectiva alguma em ser governador. Se há 90 dias programava as férias de final de ano com a família, agora já pensa em comprar o terno para posse. Sem nunca ter participado da vida pública, é realmente o novo, mas não demonstra competência suficiente para governar um Estado com quase sete milhões de habitantes.

A diferença entre Merisio e Moisés é que o primeiro conhece todo o Estado e sabe como funciona a máquina pública, anunciou cortar 1.200 dos 1.400 cargos comissionados e está apresentando toda equipe de governo antes do pleito, sem vinculação política, mas sim com competência profissional. Já Moisés, coronel da Reserva do Corpo de Bombeiros, tem o lado positivo de não ter histórico político, porém, não possui experiência e não conhece os rincões catarinenses. Até o comandante descobrir que Concórdia não é somente significado de harmonia, compreender que Coronel Freitas não é seu colega de farda e que Maravilha não é aquilo que desperta grande admiração, a eleição já acabou. Moisés, que mesmo sendo oficial é um boa-praça, somente tem a certeza que Tubarão não é apenas uma máquina do mar.

Santa Catarina tem dois bons nomes, mas apenas um deles tem experiência. Um chefe de cozinha jamais entregaria o controle do fogão para um iniciante. A Nasa nunca enviará um piloto de teco-teco para uma missão espacial. Um goleiro não seria a primeira escolha do treinador para bater o pênalti. Sempre o melhor, mais experiente e capacitado será escolhido, sem aventuras e riscos. Dia 28 está aí, basta decidir pelo melhor, sem ódio político.


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